6. Verificação da estrutura fatorial de uma medida de traços de personalidade da busca de sensação em jovens Descargar este archivo (6. Verificação da estrutura fatorial de uma medida.pdf)

Nilton Soares Formiga1, Jamila Leime2, Marcos Aguiar De Souza3

Faculdade Mauricio De Nassau – Brasil

Universidade Federal Da Paraíba – Brasil

Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Brasil

Resu­men

El estu­dio de la per­so­na­li­dad en la cien­cia psi­co­ló­gi­ca ha sido un inte­rés des­de su base cien­tí­fi­ca. De los muchos pun­tos de vis­ta sobre la per­so­na­li­dad, la teo­ría del ras­go ha sido un cons­truc­to pro­me­te­dor para eva­luar el com­por­ta­mien­to. Ellos (los ras­gos) pue­den ser con­si­de­ra­dos como una cate­go­ría capaz de des­cri­bir la orga­ni­za­ción de las dife­ren­cias indi­vi­dua­les, espe­cial­men­te en rela­ción con la bús­que­da de nue­vas expe­rien­cias y emo­cio­nes entre los jóve­nes. El pre­sen­te estu­dio tie­ne como obje­ti­vo eva­luar la estruc­tu­ra fac­to­rial del inven­ta­rio de bús­que­da de sen­sa­cio­nes. Dos mues­tras de hom­bres y muje­res, entre 14 y 20 años de nive­les pri­ma­rio y secun­da­rio en la edu­ca­ción pri­va­da y públi­ca de Bra­sil (João Pes­soa-PB y Pal­mas-TO) res­pon­die­ron el inven­ta­rio de bús­que­da de sen­sa­cio­nes. Se obser­vó en ambas mues­tras, indi­ca­do­res psi­co­mé­tri­cos, los cua­les, más robus­tos, y que ade­más de corro­bo­rar la estruc­tu­ra pro­pues­ta, ase­gu­ró la exac­ti­tud del inven­ta­rio para mues­tras bra­si­le­ñas.

Pala­bras cla­ve: bús­que­da de sen­sa­ción, jóve­nes, aná­li­sis con­fir­ma­to­ria.

 

Resu­mo

O estu­do sobre a per­so­na­li­da­de na ciên­cia psi­co­ló­gi­ca tem sido inter­es­se des­de as suas bases cien­tí­fi­cas. Das mui­tas pers­pec­ti­vas sobre a per­so­na­li­da­de, a teo­ria dos traços ain­da tem sido um cons­tru­to pro­mis­sor para a ava­liação do com­por­ta­men­to. Eles podem ser con­si­de­ra­dos como uma cate­go­ria capaz de des­cre­ver a orga­ni­zação das dife­re­nças indi­vi­duais, espe­cial­men­te, em relação à bus­ca de novas expe­riên­cias e emoções entre os jovens. O pre­sen­te estu­do tem como obje­ti­vo tes­tar a estru­tu­ra fato­rial do inven­tá­rio de bus­ca de sen­sação. Duas amos­tras de homens e mulhe­res, com ida­des de 14 e 20 anos, do nível esco­lar fun­da­men­tal e médio da rede par­ti­cu­lar e públi­ca de edu­cação dos Esta­dos de João Pes­soa-PB e Pal­mas-TO, res­pon­de­ram o Inven­tá­rio de Bus­ca de sen­sação. Obser­va­ram-se, nas duas amos­tras, indi­ca­do­res psi­co­mé­tri­cos, os quais, mais robus­tos e que, além de corro­bo­rar a estru­tu­ra pro­pos­ta, garan­ti­ram a acu­rá­cia do inven­tá­rio para amos­tras bra­si­lei­ras.

Pala­vras-cha­ve: bus­ca de sen­sação, jovens, aná­li­se con­fir­ma­tó­ria.

 

Veri­fi­ca­tion of the fac­to­rial struc­tu­re of a mea­su­re of per­so­na­lity traits in sen­sa­tion see­king young

Abs­tract

The study of per­so­na­lity in psy­cho­lo­gi­cal scien­ce has been inter­est from its scien­ti­fic basis. Of the many pers­pec­ti­ves about per­so­na­lity, trait theory has yet been a pro­mi­sing cons­truct to per­for­man­ce eva­lua­tion. They can be con­si­de­red as a cate­gory capa­ble of des­cri­bing the orga­ni­za­tion of indi­vi­dual dif­fe­ren­ces, espe­cially in rela­tion to the search for new expe­rien­ces and emo­tions among the young. The pre­sent study aims to test the fac­tor struc­tu­re of the inven­tory of sen­sa­tion see­king. Two sam­ples of men and women, ages 14 to 20 years, in ele­men­tary and midd­le school level in pri­va­te and public edu­ca­tion from João Pes­soa and Pal­mas-TO, res­pon­ded to the inven­tory of sen­sa­tion see­king. It was obser­ved in both sam­ples, psy­cho­me­tric indi­ca­tors, which, more robust and that, in addi­tion to corro­bo­ra­te the pro­po­sed struc­tu­re, ensu­red the accu­racy of inven­tory to Bra­zi­lian sam­ples.

Key­words: sen­sa­tion see­king, young; con­fir­ma­tory analy­sis.

Introdução

Os estu­dos sobre per­so­na­li­da­de têm se cen­tra­do, geral­men­te, sobre a dinâ­mi­ca e a estru­tu­ra inter­na no indi­ví­duo, bem como, sobre a capa­ci­da­de que este cons­tru­to pos­sui quan­to à pre­dição do com­por­ta­men­to humano, espe­cial­men­te, em relação às dis­po­sições e capa­ci­da­des indi­vi­duais do sujei­to. Uma das gran­des difi­cul­da­des nas pes­qui­sas sobre a per­so­na­li­da­de diz res­pei­to à apreen­são e ao estu­do da indi­vi­dua­li­da­de huma­na, pois, se bus­cou por um lon­go tem­po ava­liar a pes­soa como um todo em seu con­tex­to, gene­ra­li­zan­do, tan­to em teo­ria quan­to em meto­do­lo­gia, duas gran­des pers­pec­ti­vas: a con­ce­pção da influên­cia ambien­tal no com­por­ta­men­to e a teo­ria dos traços (Ávi­la, Rodrí­guez e Herre­ro, 1997; Lie­bert e Spie­gler, 1994; McA­dams, 1996; Sara­son, Smith e Die­ner, 1975; Trzop, 2000).

De for­ma geral, os traços de per­so­na­li­da­de podem ser con­si­de­ra­dos como uma cate­go­ria capaz de des­cre­ver a orga­ni­zação com­por­ta­men­tal dos indi­ví­duos que, além de poder con­ter um rea­lis­mo heu­rís­ti­co e ser orga­ni­za­do neu­ro­psi­qui­ca­men­te, tam­bém, deve-se con­si­de­rar a influên­cia do fator eco­ló­gi­co, social e situa­cio­nal como pro­mo­tor da expli­cação do com­por­ta­men­to e as dife­re­nças indi­vi­duais das pes­soas ali­ce­rçan­do uma psi­co­lo­gia nes­te cam­po de estu­do (All­port, 1973; Brody, 1972; Clo­nin­ger, 1999; End­ler e Mag­nus­son, 1976).

Des­ta manei­ra, os traços podem sur­gir do sen­so comum, poden­do ser um sim­ples nome ou se apre­sen­tar ape­nas como hábi­tos ou um com­por­ta­men­to qual­quer, etc. Ape­sar da con­tra­dição exis­ten­te nes­sa abor­da­gem, pois, sua esta­bi­li­da­de é con­si­de­ra­da por alguns como fixa e imu­tá­vel ao lon­go da vida, ou pode­rá sofrer uni­for­mi­da­de e pre­de­ter­mi­nar o cur­so do des­en­vol­vi­men­to a par­tir da ida­de, ou ain­da, con­ce­bê-lo como resul­tan­te das inúme­ras evo­luções e influên­cias oco­rri­das no indi­ví­duo. Assim, os traços de per­so­na­li­da­de são carac­te­rís­ti­cas indi­vi­duais con­sis­ten­tes do com­por­ta­men­to exibi­do pelo indi­ví­duo em diver­sas situações, nor­mal­men­te, con­ce­bi­do como dis­po­sições.

Segun­do Pau­no­nen (1998), a pers­pec­ti­va dos traços per­mi­te a cons­trução de um mode­lo de per­so­na­li­da­de, o qual, por sua vez, é orga­ni­za­do, hie­rar­qui­ca­men­te, par­tin­do do nível mais bai­xo da hie­rar­quia, atri­buin­do vários com­por­ta­men­tos espe­cí­fi­cos e defi­nin­do um padrão comum da res­pos­ta do indi­ví­duo, capaz de apre­sen­tar um mode­lo carac­te­rís­ti­co de com­por­ta­men­to. Des­ta for­ma, as res­pos­tas habi­tuais dos indi­ví­duos pas­sam a se com­bi­nar entre si for­man­do os traços, estes, por sua vez, for­mam um fator ou dimen­são da per­so­na­li­da­de, tor­nan­do salien­te a per­so­na­li­da­de huma­na e as cau­sas com­por­ta­men­tais a par­tir deles.

A ten­ta­ti­va de unir tais pro­ce­di­men­tos ava­lia­ti­vos sobre per­so­na­li­da­de, ape­sar das con­tra­dições exis­ten­tes, pode-se extra­ir des­crições das dife­re­nças indi­vi­duais tan­to na dimen­são nomo­té­ti­ca e extra­ir uma maior rique­za para a ideo­grá­fi­ca atra­vés da narra­ti­va e codi­fi­cação dos dados que esta dimen­são ofe­re­ce. O impor­tan­te está no que diz res­pei­to ao auto­con­cei­to do indi­ví­duo, pois é a par­tir da cons­cien­ti­zação das carac­te­rís­ti­cas ou per­fil que este apre­sen­te que sua res­pos­ta será pre­ci­sa e capaz de ser men­su­ra­do, o que segun­do, pode­rá tor­nar o com­por­ta­men­to mais cons­cien­cio­so e, de cer­to modo, cap­tu­rar uma das carac­te­rís­ti­cas mais fiéis por par­te dos obser­va­do­res dire­tos, isto é, iden­ti­fi­car o traço per­so­na­lis­ti­co em deter­mi­na­do sujei­to.

A teo­ria dos traços já havia sido tra­balha­da com All­port (1973), o qual con­si­de­ra­va a natu­re­za huma­na com­pos­ta de estru­tu­ras capaz de apre­sen­tar rela­ti­va esta­bi­li­da­de, varian­do ape­nas na sua situação, assim, a per­so­na­li­da­de era com­pos­ta de inúme­ros hábi­tos espe­cí­fi­cos, apre­sen­tan­do uma equi­va­lên­cia de res­pos­tas na orga­ni­zação e semelha­nças fun­cio­nais na bus­ca de seus com­po­nen­tes bási­cos. É então, a par­tir des­sa con­ce­pção, que este autor ela­bo­ra a teo­ria sobre os traços, ape­sar de ambí­gua, con­si­de­ran­do que o ser humano faz com­pa­rações a par­tir da sua obser­vação da socie­da­de, veri­fi­can­do as carac­te­rís­ti­cas mais comuns entre os sujei­tos de uma deter­mi­na­da popu­lação.

De acor­do com Hutz, Nunes, Sil­vei­ra, Serra, Anton e Wiec­zo­rek (1998), além de All­port, tam­bém, Guil­ford, Com­rey, Cat­tell e Eysenck con­tri­buí­ram para a pers­pec­ti­va dos traços, espe­cial­men­te, as dos mul­ti­traços, bem como,Tupes e Cri­tal. Estes últi­mos auto­res são con­si­de­ra­dos uns dos pri­mei­ros pes­qui­sa­do­res a abor­da­rem a pers­pec­ti­va dos traços e con­se­cu­ti­va­men­te, dos cin­co gran­des fato­res, porém tal estu­do per­ma­ne­ceu des­conhe­ci­do numa revis­ta da força aérea. Tan­to esses auto­res quan­to a pers­pec­ti­va dos traços, ganha­ram des­ta­que nos estu­dos de Cat­tell e Eysenck, refe­rin­do-se, não somen­te, a estru­tu­ra psí­qui­ca que guia o indi­ví­duo, con­sis­ten­te­men­te, à con­du­ta indi­vi­dual, mas tam­bém, às expli­cações a res­pei­to das dife­re­nças entre as pes­soas e suas res­pos­tas dian­te de um mes­mo estí­mu­lo. Des­ta for­ma, pas­san­do a con­si­de­rar não somen­te os traços como uni­ver­sais, mas tam­bém os idios­sin­crá­ti­cos (Díaz, 1998).

A par­tir des­ses pes­qui­sa­do­res, espe­cial­men­te Cat­tel e Eysenck, têm se evi­den­cia­do a exis­tên­cia, quan­to à ava­liação da per­so­na­li­da­de, com os cin­co gran­des fato­res. A ava­liação, se atra­vés de auto-rela­to ou esca­las vali­da­das, pode­rá criar uma taxo­no­mia bási­ca capaz de des­cre­ver os traços da per­so­na­li­da­de huma­na corres­pon­den­do a esse mode­lo que pare­cem asse­gu­rar o conhe­ci­men­to de que as pes­soas têm sobre si quan­to estão res­pon­den­do o ques­tio­ná­rio e de que o uso de alguns traços faz par­te do voca­bu­lá­rio das pes­soas no seu coti­diano (Noller, Law e Com­rey, 1987; Pea­body, 1987).

Assim, o cons­tru­to dos traços de per­so­na­li­da­de, não diz res­pei­to às ques­tões pato­ló­gi­cas, mas, à día­de genética/meio ambien­te, a qual impli­ca­ria em sen­te­nças repre­sen­ta­ti­vas dos traços, poden­do ser defi­ni­do como carac­te­rís­ti­cas indi­vi­duais con­sis­ten­tes do com­por­ta­men­to exibi­do pelo indi­ví­duo em diver­sas situações, nor­mal­men­te, con­ce­bi­do como dis­po­sições (Cos­ta e McCrae, 1992; John, Donahue e Kentle, 1991). Essa pers­pec­ti­va indi­vi­dual, atri­buí­da às dimen­sões per­so­na­lís­ti­cas e a expli­cação do com­por­ta­men­to juve­nil, pre­ten­de enten­der a relação entre per­so­na­li­da­de e as variações de com­por­ta­men­tais, toman­do como base, a bus­ca de novas expe­riên­cias e emoções entre os jovens (Mus­sen, Con­ger, Kagan e Hus­ton, 1990).

A bus­ca de novas expe­riên­cias e emoções pode ter seu ali­cer­ce de com­preen­são, a par­tir da con­ce­pção de alguns pro­fis­sio­nais e lei­gos, quan­to ao com­por­ta­men­to do jovem seria algo que per­mea­ria uma neces­si­da­de de expan­são do seu mun­do psí­qui­co e social, para o qual eles se colo­cam dis­po­ní­veis e de pron­ti­dão aos con­vi­tes pes­soais ou sociais para viver suas des­co­ber­tas inter­pes­soais e de mani­fes­tação espon­tâ­nea des­preo­cu­pa­dos do pos­sí­vel ris­co que pode­riam correr. Sen­do assim, con­ce­be-se tal orga­ni­zação da con­du­ta juve­nil pode ser carac­te­ri­za­da como a bus­ca de sen­sações (Arnett, 1994; Michel, Mou­ren-Siméo­ni, Perez-Diaz, Fallis­sard, Car­ton e Jou­vent, 1999; Omar e Uri­be, 1998; Zuc­ker­man, 1971).

Este cons­tru­to bus­ca de sen­sações, con­si­de­ra­do como um traço per­so­na­lís­ti­co, teve seus estu­dos ini­cia­dos por Zuc­ker­man (1971); Zuc­ker­man, Eysenck e Eysenck (1978

) refe­rin­do-se à neces­si­da­de de viver expe­riên­cias com­ple­xas e de novi­da­des ape­nas pelo desejo de afron­tar ris­cos físi­cos e sociais e satis­fa­zer suas neces­si­da­des pes­soais. Porém, Arnett (1994) a par­tir da pers­pec­ti­va de Zuc­ker­man, bem como, fazen­do refe­rên­cia a alguns limi­tes tan­to na con­ce­pção do cons­tru­to quan­to em sua ins­tru­men­ta­li­zação e seleção dos itens, pro­pôs um mode­lo alter­na­ti­vo, defen­den­do que a bus­ca de sen­sação varia em inten­si­da­de e novi­da­de, não ape­nas em ter­mos de com­ple­xi­da­de das expe­riên­cias como con­ce­bia Zuc­ker­man. Esse traço de per­so­na­li­da­de deve ser enfa­ti­za­do sobre o pro­ces­so de socia­li­zação o qual seria capaz de modi­fi­car pre­dis­po­sições bio­ló­gi­cas ao invés dos fato­res idios­sin­crá­ti­cos (Omar e Uri­be, 1998).

Par­tin­do da pers­pec­ti­va dos traços de per­so­na­li­da­de, os quais, como já men­cio­na­do, refe­rem-se à día­de genética/meio ambien­te impli­ca­ria no enfo­que de que as carac­te­rís­ti­cas indi­vi­duais con­sis­ten­tes do com­por­ta­men­to, exibi­do pelo indi­ví­duo em diver­sas situações, nor­mal­men­te, são con­ce­bi­das como dis­po­sições (Cos­ta e McCrae, 1992; John, Donahue e Kentle, 1991; Sau­dino e Plo­min, 1996). A par­tir des­sas dis­po­sições, seriam gera­das taxo­no­mias que per­mi­tam ao sujei­to expres­sar atra­vés das con­du­tas, for­mas espe­cí­fi­cas para si e para os outros quan­do em inter­ação social (For­mi­ga, Yepes e Alves, 2005), situação em que na maio­ria das vezes aten­de-se a deseja­bi­li­da­de social, pro­cu­ran­do pare­cer melhor para os outros, des­cre­ven­do-se como gos­ta­ria que fos­se des­cri­to por quem o obser­va, jus­ta­men­te por­que essa auto-ima­gem exi­gi­da se deve a uma co-depen­dên­cia dos “papéis” sociais repre­sen­ta­dos por cada um de nós (Quei­ro­ga, For­mi­ga, Jesus, Gou­veia e Andra­de, 2001).

His­to­ri­ca­men­te, a per­so­na­li­da­de tem sido explo­ra­da como um cons­tru­to capaz de expli­car as dife­re­nças indi­vi­duais, pro­por­cio­nan­do um mar­co teó­ri­co impor­tan­te nos estu­dos a res­pei­to das idios­sin­cra­sias do indi­ví­duo e a esta­bi­li­da­de da con­du­ta huma­na (Ávi­la, Rodrí­guez e Herre­ro, 1997; Bar­ba­ra­ne­lli e Capra­ra, 1996), bem como, da pos­si­bi­li­da­de de que, a par­tir das carac­te­rís­ti­cas indi­vi­duais, ava­lia­das cien­ti­fi­ca­men­te ou em ter­mos das cre­nças popu­la­res, seja pos­sí­vel em situações e momen­tos varia­dos pre­di­zer reações ou dis­po­sições futu­ras das pes­soas (Gaz­za­ni­ga e Heather­ton, 2005; Pau­no­nen, 1998; Pea­body, 1987; Trzop, 2000). O conhe­ci­men­to da per­so­na­li­da­de, não somen­te pode­ria con­tri­buir na orga­ni­zação das relações inter­pes­soais, como tam­bém, apon­tar em direção de um fator de pro­teção des­sas relações (McA­dams, 1992), prin­ci­pal­men­te, aque­las ten­den­cio­sas ao ris­co social e indi­vi­dual.

Des­ta manei­ra, con­ce­ben­do que o jovem tem uma neces­si­da­de laten­te em expan­dir seu mun­do ideal e “real” atra­vés do com­por­ta­men­to de rei­vin­di­cação e ins­tru­men­ta­li­da­de, estan­do este, dis­pos­to a con­vi­tes pes­soais ou sociais para viver novas des­co­ber­tas e sen­ti-las inten­sa­men­te, é que, For­mi­ga, Aguiar e Omar (2008) par­ti­ram des­sa pers­pec­ti­va teó­ri­ca, concebendo‑a como bus­ca de sen­sações. Dife­ren­te do que con­ce­bia por Zuc­ker­man (1971); Zuc­ker­man, Eysenck e Eysenck, (1978

), bem como, outros auto­res, espe­ci­fi­ca­men­te, já des­ta­ca­dos no pará­gra­fo ante­rior em relação ao cons­tru­to bus­ca de sen­sação (por exem­plo, uma neces­si­da­de de viver expe­riên­cias com­ple­xas e de novi­da­des, ape­nas pelo desejo de afron­tar ris­cos físi­cos e sociais, com o intui­to de satis­fa­zer suas neces­si­da­des pes­soais), a bus­ca de sen­sação visa o grau com que os sujei­tos empre­gam ener­gia para sen­tir a ‘flor da pele’ uma expe­riên­cia de novi­da­de e inten­si­da­de.

No Bra­sil estu­dos rela­cio­na­do a adap­tação e vali­dação da esca­la de Arnett (1994) ain­da é excas­so, con­dição essa, que moti­vou a rea­li­zação de tal estu­do. Des­ta for­ma, toman­do como base o estu­do de Arnett (1994) e, prin­ci­pal­men­te, o de Omar e Uri­be (1998) com argen­ti­nos, optou-se em tes­tar a estru­tu­ra fato­rial da bus­ca de sen­sação, seguin­do não somen­te a direção teó­ri­ca des­en­vol­vi­da por esses auto­res, bem como, fato­ria­li­zação veri­fi­ca­da pelos mes­mos. Des­ta for­ma, pre­ten­de-se, a par­tir de uma aná­li­se de mode­la­gem de equação estru­tu­ral, tes­tar a orga­ni­zação item-fator pro­pos­ta pelos auto­res que des­en­vol­ve­ram tal esca­la.

Um estu­do nes­sa direção empí­ri­ca, a qual tem sido comum na área das ciên­cias huma­nas e social – espe­ci­fi­ca­men­te, na Psi­co­lo­gia (Mac­Ca­llum e Aus­tin, 2000; Pita­li e Laros, 2007) – par­tin­do dos pres­su­pos­tos teó­ri­cos e meto­do­ló­gi­cos, con­tri­bui, a par­tir da aná­li­se e mode­la­gem de equação estru­tu­ral no pro­gra­ma AMOS 16.0, em direção de uma com­pro­vação teó­ri­ca da hipó­te­se a que se pre­ten­de ava­liar garan­tin­do uma robus­tez expli­ca­ti­va entre as variá­veis, bem como, apon­tar em direção da dinâ­mi­ca mul­ti­va­ria­da entre elas.

Espe­ci­fi­ca­men­te, a téc­ni­ca da aná­li­se da Mode­la­gem de Equação Estru­tu­ral (MEE) tem a cla­ra van­ta­gem de levar em con­ta a teo­ria para defi­nir os itens per­ten­cen­tes a cada fator, bem como, apre­sen­tar indi­ca­do­res de bon­da­de de ajus­te que per­mi­tam deci­dir obje­ti­va­men­te sobre a vali­da­de de cons­tru­to da medi­da ana­li­sa­da e sua direção asso­cia­ti­va entre as inúme­ras variá­veis. Des­ta for­ma, dois resul­ta­dos prin­ci­pais podem ser espe­ra­dos ao tra­balhar com essa aná­li­se: 1- esti­ma­ti­va da mag­ni­tu­de dos efei­tos esta­be­le­ci­da entre variá­veis, as quais estão con­di­cio­na­das ao fato de o mode­lo espe­ci­fi­ca­do (isto é, o dia­gra­ma) estar corre­to, e 2 – tes­tar se o mode­lo é con­sis­ten­te com os dados obser­va­dos, a par­tir dos indi­ca­do­res esta­tís­ti­cos, poden­do dizer que resul­ta­do, mode­lo e dados são plau­sí­veis, embo­ra não se pos­sa afir­mar que este é corre­to (Farias e San­tos, 2000). Aten­de-se assim, não a cer­te­za total do mode­lo, mas, a sua pro­ba­bi­li­da­de sis­te­má­ti­ca na relação entre as variá­veis.

Um dos prin­ci­pais obje­ti­vos das téc­ni­cas mul­ti­va­ria­das – nes­te caso, con­si­de­ra-se a mode­la­gem de equação estru­tu­ral – é expan­dir a habi­li­da­de explo­ra­tó­ria do pes­qui­sa­dor e a efi­ciên­cia esta­tís­ti­ca e teó­ri­ca no momen­to em que se quer pro­var a hipó­te­se levan­ta­da no estu­do. Ape­sar das téc­ni­cas esta­tís­ti­cas tra­di­cio­nais com­par­tilha­rem de limi­tações, nas quais, é pos­sí­vel exa­mi­nar somen­te uma relação entre as variá­veis, é de suma impor­tân­cia para o pes­qui­sa­dor o fato de ter relações simul­tâ­neas; afi­nal, em alguns mode­los exis­tem variá­veis que são inde­pen­den­tes em algu­mas relações e, depen­den­tes em outras. A fim de suprir esta neces­si­da­de, a Mode­la­gem de Equação Estru­tu­ral exa­mi­na uma série de relações de depen­dên­cia simul­tâ­neas, esse méto­do é par­ti­cu­lar­men­te útil quan­do uma variá­vel depen­den­te se tor­na inde­pen­den­te em relações sub­se­qüen­tes de depen­dên­cia (Sil­va, 2006; Hair, Ander­son, Tatham e Black, 2005)

De acor­do com Farias e San­tos (2000), Hair, Ander­son, Tatham e Black (2005) e Zamo­ra e Lemus (2008) ao con­si­de­rar a mode­la­gem estru­tu­ral do mode­lo – isto é, a aná­li­se de caminhos (path analy­sis) – rela­cio­na-se as medi­das de cada variá­vel con­cei­tual como con­fiá­veis, acre­di­tan­do que não exis­te erro de medi­da (men­su­ração) ou de espe­ci­fi­cação (ope­ra­cio­na­li­zação) das variá­veis; cada medi­da é vis­ta como exata mani­fes­tação da variá­vel teó­ri­ca. Assim con­si­de­ra­do, des­enha-se o mode­lo teó­ri­co que se pre­ten­de toman­do a par­tir ela­bo­ração hipo­té­ti­ca entre as variá­veis inde­pen­den­te e depen­den­te, isto é, entre as variá­veis laten­tes e variá­veis obser­vá­veis, por exem­plo: no des­enho des­se mode­lo – ela­bo­ração da ligação entre as figu­ras carac­te­ri­zan­do as variá­veis estu­da­das – um retân­gu­lo é con­si­de­ra­do como variá­vel obser­va­da medi­da pelo pes­qui­sa­dor; uma elip­se é con­si­de­ra­da variá­vel laten­te, isto é, cons­tru­to hipo­té­ti­co não obser­va­do; uma seta com uma pon­ta indi­ca o caminho ou a relação cau­sal entre duas variá­veis; uma seta com duas pon­tas repre­sen­ta a cova­riân­cia, isto é, que estas variá­veis se asso­ciam entre si; por fim, uma bolinha pre­en­chi­da com um núme­ro e letra refe­rem-se a um erro de medi­da. A par­tir do momen­to em que se ela­bo­ra a hipó­te­se, iden­ti­fi­ca cada uma des­sas figu­ras asso­cian­do as variá­veis que se quer pro­var a múl­ti­pla influên­cia.

Para que os resul­ta­dos sejam obti­dos faz-se neces­sá­rio con­si­de­rar índi­ces de ajus­te (esco­res co-varian­tes) – os quais des­ta­ca­dos na meto­do­lo­gia do pre­sen­te estu­do, na ses­são do pro­ce­di­men­to – os quais enfa­ti­zam a teo­ria a que se pro­põem e sua expli­cação, simul­tâ­nea, entre as variá­veis inde­pen­den­tes e depen­den­tes, além de garan­tir uma melhor ava­liação asso­cia­ti­va entre as variá­veis a que se pre­ten­de corro­bo­rar no mode­lo. A gran­de impor­tân­cia no uso dos estu­dos de mode­la­gem é tan­to em relação à segu­ra­nça dos resul­ta­dos mul­ti­va­ria­dos, quan­to, par­tin­do de um estu­do ante­rior ou de uma pers­pec­ti­va teó­ri­ca – ou até, de ambas. Sen­do assim, espe­ra-se encon­trar, de for­ma mais robus­ta, uma estru­tu­ral fato­rial que se asse­melhe a que pro­pôs Arnett (1994) e à obser­va­da por Omar e Uri­be (1998).

Método

Amos­tra

Duas amos­tras fize­ram par­te do estu­do: uma com 235 jovens da cida­de de João Pes­soa-PB e outra amos­tra com 284 jovens da cida­de de Pal­mas-TO, Todas as amos­tras foram dis­tri­buí­das igual­men­te no nível esco­lar fun­da­men­tal e médio da rede par­ti­cu­lar e públi­ca de edu­cação das cida­des em que foram apli­ca­dos os ins­tru­men­tos. Os res­pon­den­tes foram do sexo mas­cu­lino e do sexo femi­nino com ida­des de 14 e 20 anos e com uma ren­da eco­nô­mi­ca média, apro­xi­ma­da­men­te, de 1.540,00 Reais nas amos­tras das cida­des. Essa amos­tra foi não pro­ba­bi­lís­ti­ca, pois o pro­pó­si­to era garan­tir a vali­da­de inter­na dos resul­ta­dos da pes­qui­sa. 

Ins­tru­men­to

Os par­ti­ci­pan­tes res­pon­de­ram um ques­tio­ná­rio com­pos­to das seguin­tes medi­das:

Inven­tá­rio de Bus­ca de sen­sação. Este ins­tru­men­to, cons­truí­do por Arnett (1994; Omar e Uri­be, 1998) tra­ta-se de uma esca­la com­pos­ta por vin­te itens, os quais ori­gi­nam duas sub-esca­las refe­ren­tes à bus­ca inten­si­da­de e novi­da­de na esti­mu­lação dos sen­ti­dos, cada uma com dez itens cada uma. Para res­pon­dê-la a pes­soa uti­li­za­va uma esca­la de res­pos­ta tipo Likert com qua­tro pon­tos (1 = não me des­cre­ve em nada; 2 = des­cre­ve-me em algu­ma medi­da; 3 = des­cre­ve-me bem e 4 = des­cre­ve-me total­men­te) deven­do indi­car nela com um X ou cir­cu­lan­do o núme­ro que indi­cas­se o quan­to cada um dos itens des­cre­ve sua con­du­ta habi­tual. Omar e Uri­be (1998) com­pro­va­ram a exis­tên­cia des­ses dois fato­res em uma amos­tra argen­ti­na.

Carac­te­ri­zação sócio-demo­grá­fi­ca. Foram ela­bo­ra­das per­gun­tas que con­tri­buí­ram para carac­te­ri­zar os par­ti­ci­pan­tes des­te estu­do (por exem­plo, sexo, ida­de, clas­se sócio-eco­nô­mi­ca), bem como, rea­li­zar um con­tro­le esta­tís­ti­co de algum atri­bu­to que pos­sa inter­fe­rir dire­ta­men­te nos seus resul­ta­dos.

Pro­ce­di­men­to

Pro­cu­rou-se defi­nir um pro­ce­di­men­to padrão que con­sis­tia em apli­car os ins­tru­men­tos cole­ti­va­men­te em sala de aula, em esco­las da rede publi­ca e par­ti­cu­lar das cida­des de João pes­soa – PB e de Pal­mas – TO. Cola­bo­ra­do­res com expe­riên­cia meto­do­ló­gi­ca e éti­ca fica­ram res­pon­sá­veis pela cole­ta dos dados. Após con­se­guir a auto­ri­zação tan­to da dire­to­ria da esco­la quan­to dos pro­fes­so­res res­pon­sá­veis pela dis­ci­pli­na no momen­to da apli­cação do ins­tru­men­to, os apli­ca­do­res se apre­sen­ta­vam em sala de aula como inter­es­sa­dos em conhe­cer as opi­niões e os com­por­ta­men­tos das pes­soas sobre o coti­diano, soli­ci­tou-se a cola­bo­ração volun­tá­ria dos estu­dan­tes no sen­ti­do de res­pon­de­rem um ques­tio­ná­rio bre­ve.

Para isso, foi-lhes dito que não havia res­pos­ta cer­ta ou erra­da e que, mes­mo neces­si­tan­do de uma res­pos­ta indi­vi­dual, estes não deve­riam sen­tir-se obri­ga­dos em res­pon­der o ins­tru­men­to poden­do desis­tir a qual momen­to, seja quan­to tives­se o ins­tru­men­to em suas mãos ou ao ini­ciar sua lei­tu­ra, ou outra even­tual con­dição. Em qual­quer um des­ses even­tos, não have­ria pro­ble­ma de sua desis­tên­cia, ape­nas bas­ta­va con­ta­tar as pes­soas res­pon­sá­veis pela apli­cação do ins­tru­men­to na sala de aula.

A todos era asse­gu­ra­do o ano­ni­ma­to das suas res­pos­tas, enfa­ti­zan­do que elas seriam tra­ta­das, esta­tis­ti­ca­men­te, em seu con­jun­to de res­pos­tas; ape­sar do ques­tio­ná­rio ser auto-apli­cá­vel, con­tan­do com as ins­truções neces­sá­rias para que pos­sam ser res­pon­di­dos, os cola­bo­ra­do­res esti­ve­ram pre­sen­tes duran­te toda a apli­cação para reti­rar even­tuais dúvi­das ou rea­li­zar escla­re­ci­men­tos que se fizes­sem indis­pen­sá­veis, não inter­fe­rin­do na lógi­ca e com­preen­são das res­pos­tas dos res­pon­den­tes. Um tem­po médio de 30 minu­tos foram sufi­cien­tes para con­cluir essa ati­vi­da­de.

No que se refe­re à aná­li­se dos dados des­ta pes­qui­sa, uti­li­zou-se a ver­são 15.0 do paco­te esta­tís­ti­co SPSS para Win­dows. Foram compu­tadas esta­tís­ti­cas des­cri­ti­vas (ten­dên­cia cen­tral e dis­per­são). No AMOS16.0, foram compu­tados e ava­lia­dos os indi­ca­do­res esta­tís­ti­cos para o Mode­lo de Equações Estru­tu­rais (SEM) con­si­de­ra­do, segun­do uma bon­da­de de ajus­te sub­je­ti­va, os seguin­tes indi­ca­do­res: c2/gl (grau de liber­da­de), que admi­te como ade­qua­dos, índi­ces entre 2 e 3, acei­tan­do-se até 5; Raiz Qua­dra­da Média Resi­dual – RMR, indi­ca o ajus­ta­men­to do mode­lo teó­ri­co aos dados, na medi­da em que a dife­re­nça entre os dois se apro­xi­ma de zero (0); índi­ces de qua­li­da­de de ajus­te, dados pelos GFI/AGFI, que medem a varia­bi­li­da­de expli­ca­da pelo mode­lo, e com índi­ces acei­tá­veis a par­tir de 0,80; NFI, varia de zero a um e pode ser con­si­de­ra­do acei­tá­vel para valo­res supe­rio­res a 0,90. Carac­te­ri­za-se por ser uma medi­da de com­pa­ração entre o mode­lo pro­pos­to e o mode­lo nulo, repre­sen­tan­do um ajus­te incre­men­tal; CFI, que com­pa­ra de for­ma geral o mode­lo esti­ma­do e o mode­lo nulo, con­si­de­ran­do valo­res mais pró­xi­mos de um (1) como indi­ca­do­res de ajus­ta­men­to satis­fa­tó­rio; Expec­ted Cross-Vali­da­tion Index (ECVI) e o Con­sis­tent Akai­ke Infor­ma­tion Cri­te­rion (CAIC) são indi­ca­do­res geral­men­te empre­ga­dos para ava­liar a ade­quação de um mode­lo deter­mi­na­do em relação a outro. Valo­res bai­xos do ECVI e CAIC expres­sam o mode­lo com melhor ajus­te e o RMSEA refe­re-se ao erro médio apro­xi­ma­do da raiz qua­drá­ti­ca, deve apre­sen­tar inter­va­lo de con­fia­nça como ideal situa­do entre 0,05 e 0,08 (Bilich, Sil­va e Ramos, 2006; Hair, Tatham, Ander­son e Black, 2005; Jores­kög e Sör­bom, 1989).

Resultados e discussao

Con­si­de­ran­do a aná­li­se rea­li­za­da por Omar e Uri­be (1998), os quais, iden­ti­fi­ca­ram duas dimen­sões para o inven­tá­rio da bus­ca de sen­sação: a pri­mei­ra dimen­são, bus­ca de sen­sação a novi­da­de (refe­re-se à expe­riên­cia do sujei­to em pro­cu­rar em coi­sas novas ou que assu­ma a ori­gi­na­li­da­de des­sa pro­cu­rar como esti­mu­lo para os seus sen­ti­dos) apre­sen­tou um alfa de Cron­bach de 0,66 e a segun­da dimen­são, bus­ca de sen­sação a inten­si­da­de (refe­re-se a ten­são, força ou grau ele­va­do na expe­riên­cia que o sujei­to empre­ga como esti­mu­lo para os sen­ti­dos) obte­ve um alfa de 0,50 para a amos­tra argen­ti­na. Com base no estu­do des­ses auto­res, pro­cu­rou-se nes­te tra­balho ava­liar com maior rigor e cri­té­rio psi­co­mé­tri­co tal inven­tá­rio em duas amos­tras de dife­ren­tes esta­dos bra­si­lei­ros (João Pes­soa-PB e Pal­mas-TO).

Para isso, empre­gou-se o paco­te esta­tís­ti­co AMOS 16.0 rea­li­zan­do uma aná­li­se fato­rial con­fir­ma­tó­ria hipo­te­ti­zan­do o mode­lo bifa­to­rial encon­tra­do por Omar e Uri­be (1998) no con­tex­to argen­tino e pro­pos­to por Arnett (1994) com­pa­ran­do a um mode­lo para a sua estru­tu­ra fato­rial. Pro­cu­rou-se tes­tar uma estru­tu­ra fato­rial do inven­tá­rio da bus­ca de sen­sação con­si­de­ran­do os seguin­tes mode­los: a) Mode­lo 1: uni­fa­to­rial, em que todos os itens da bus­ca de sen­sação apre­sen­tam satu­ração em um úni­co fator e b) Mode­lo 2: nes­te optou-se em ava­liar a estru­tu­ra com dois fato­res, a qual é pro­pos­ta teó­ri­ca e empi­ri­ca­men­te. Optou-se por dei­xar livre as cova­riân­cias (phi, φ) entre os fato­res; os indi­ca­do­res de qua­li­da­de de ajus­te de cada mode­lo se mos­tra­ram pró­xi­mas as reco­men­dações apre­sen­ta­das na lite­ra­tu­ra (Byr­ne, 1989; Van De Vij­ver e Leung, 1997).

De acor­do com os resul­ta­dos obti­dos nes­tas aná­li­ses, obser­va­dos na tabe­la 1, é pos­sí­vel des­ta­car que o melhor mode­lo para o inven­tá­rio da bus­ca de sen­sação para a amos­tra da cida­de de João Pes­soa-PB, foi o mode­lo bifa­to­rial, apre­sen­tan­do, espe­ci­fi­ca­men­te, os seguin­tes indi­ca­do­res de qua­li­da­de de ajus­te: χ2/gl = 2.90; GFI = 00.97 AGFI = 0.95, RMR = 0,05, NFI = 0.99, CFI = 0.98, RMSEA (90% IC) = 0,01 (0,00–0,02), CAIC = 501,69 e ECVI = 1,09.

Tabela 1: Comparação entre os modelos teóricos da estrutura fatorial da escala das atividades de hábitos de lazer em jovens em diferentes Estados brasileiros.       

Mode­los

X²/gl

RMR

GFI

AGFI

NFI

CFI

RMSEA

(inter­va­lo)

CAIC

ECVI

Amos­tra 1 (Jovens de João Pes­soa-PB)

Uni­fa­to­rial

4,18

0,08

0,92

0,90

0,87

0,89

0,03

(0,00–0,04)

Bifa­to­rial*

2,90

0,05

0,97

0,95

0.99

0.98

0,01

(0,00–0,02)

501,69

 

1,09

(1,05–1,22)

Amos­tra 2 (Jovens de Pal­mas-TO)

Uni­fa­to­rial

3,91

0,06

0,91

0,87

0,84

0,87

0,06 (0,04–0,07)

—(1,28–1,52)

Bifa­to­rial*

2,19

0,04

0,96

0,94

1,00

0.99

0,00

(0,00–0,02)

678,38

1,00

(1,00–1,10)

Notas: * p > 0,05

Como é pos­sí­vel obser­var na figu­ra 1, rela­cio­na­do a amos­tra de João Pes­soa-PB, que todas as satu­rações (Lamb­das, λ) estão den­tro do inter­va­lo espe­ra­do |0 – 1|, deno­tan­do não haver pro­ble­mas de esti­mação. Além dis­so, todas são esta­tis­ti­ca­men­te dife­ren­tes de zero (t > 1,96, p < 0,05), corro­bo­ran­do a exis­tên­cia dos dois fato­res do inven­ta­rio da bus­ca de sen­sação.

Figura 1: Estrutura Fatorial do Inventário de Busca de Sensação para amostra de João Pessoa-PB.

Ain­da na tabe­la 1, para a amos­tra da cida­de de Pal­mas-TO, é pos­sí­vel obser­var, tam­bém, que o mode­lo bifa­to­rial apre­sen­tou indi­ca­do­res de qua­li­da­de de ajus­te acei­to pela lite­ra­tu­ra: χ2/gl = 2.19; GFI = 0.96, AGFI = 0.94, RMR = 0.04, NFI = 1,00, CFI = 0.99, RMSEA (90%IC) = 0,00 (0,00–0,02), CAIC = 678,38 e ECVI = 1,00. Na figu­ra 2, todas as satu­rações (Lamb­das, λ), tam­bém, esti­ve­ram den­tro do inter­va­lo espe­ra­do não haven­do pro­ble­mas de esti­mação, sen­do todas esta­tis­ti­ca­men­te dife­ren­tes de zero (t > 1,96, p < 0,05). Esse resul­ta­do corro­bo­ra, com essa amos­tra, que os dois fato­res do inven­tá­rio da bus­ca de sen­sação se orga­ni­zam de acor­do com o espe­ra­do e que se asse­melha a estru­tu­ra encon­tra­da com a pri­mei­ra amos­tra.

Figura 2. Estrutura Fatorial do Inventário de Busca de Sensação para amostra de Palmas-TO.

De acor­do com os resul­ta­dos obti­dos nes­tas aná­li­ses para as duas amos­tras pode-se des­ta­car que a estru­tu­ral bifa­to­rial do inven­tá­rio da bus­ca de sen­sação foi com­pro­va­da. Nes­te sen­ti­do, assu­me esse mode­lo como o mais ade­qua­do nes­te estu­do, para repre­sen­tar o cons­tru­to da bus­ca de sen­sação assu­mi­do por cada jovem, o qual se refe­re aos traços per­so­na­lís­ti­cos, inse­ri­dos no pro­ces­so de socia­li­zação juve­nil, como variações do com­por­ta­men­to de ris­co a par­tir da inves­ti­da que o jovem dá a bus­ca de novas expe­riên­cias e emoções inten­sas.

Os diver­sos cri­té­rios empre­ga­dos para defi­nição do núme­ro do fator a ser extraí­do, por exem­plo, χ2/gl, GFI, AGFI, RMR, NFI, CFI, RMSEA, CAIC e ECVI, refo­rçam a solução bifa­to­rial para o que se espe­ra­va teo­ri­ca­men­te. Estes indi­ca­do­res foram satis­fa­tó­rios estan­do em inter­va­los que têm sido con­si­de­ra­dos como acei­tá­veis na lite­ra­tu­ra vigen­te (Byrne,1989; Kello­way, 1998).

Ao con­si­de­rar esse inven­tá­rio e sua ade­qua­bi­li­da­de com amos­tras bra­si­lei­ras apon­ta-se não somen­te para uma aná­li­se da fun­cio­na­li­da­de dos traços de per­so­na­li­da­de, mas, tam­bém, da estru­tu­ra des­ses traços como um sis­te­ma inter­de­pen­den­te da día­de indi­vi­duo-gru­po, não mais assu­min­do, pelo menos para esse inven­tá­rio, uma espé­cie de inatis­mo per­so­na­lís­ti­co, mas que, é pos­sí­vel refle­tir em direção de uma con­ver­gên­cia entre situação, carac­te­rís­ti­cas indi­vi­duais e o pro­ces­so de socia­li­zação juve­nil quan­to ao estí­mu­lo do jovem para ade­são a expe­riên­cia à novi­da­de e a inten­si­da­de da sen­sação em estar dis­po­ní­vel para viver as situações e relações sociais de ris­co em seu entorno.

Con­si­de­ran­do a evi­dên­cia de vali­da­de fato­rial e con­sis­tên­cia inter­na da esca­la estu­da­da, jus­ti­fi­ca-se seu empre­go no con­tex­to bra­si­lei­ro para pes­qui­sas acer­ca de variá­veis ante­ce­den­tes e con­se­qüen­tes da dinâ­mi­ca psi­cos­so­cial juve­nil (por exem­plo, lazer, delin­qüên­cia, dinâ­mi­ca fami­liar, etc.). De for­ma geral, pre­ten­de-se, com tal inven­tá­rio, ir além da expli­cação de que os jovens – nes­te caso, des­ta­can­do os do pre­sen­te estu­do – ao pro­cu­ra­rem even­tos que os levem a sen­tir sen­sações de novi­da­de e de inten­si­da­de, estes jovens não são esti­mu­la­dos ou rea­li­za­dos no vazio social, ou ape­nas, atri­buir-lhes que essa situação se deve a uma con­dição de orga­ni­zação hor­mo­nal e de ins­tin­to humano em que eles bus­cam viver a vida se arris­can­do.

Ao des­ta­car o cons­tru­to bus­ca de sen­sação, pro­pos­to por Arnett (1994) e Omar e Uri­be (1998) des­ta­ca-se a cons­trução de um inven­tá­rio dos traços de per­so­na­li­da­de ‑isto é, a bus­ca de sen­sação- oco­rren­do na dinâ­mi­ca da socia­li­zação. Tra­ta-se de uma con­ver­gên­cia entre as carac­te­rís­ti­cas indi­vi­duais e o pro­ces­so socia­li­za­dor vivi­do por esses jovens e que estes pode­rão influen­ciar a con­du­ta juve­nil.

Assim, além des­se inven­tá­rio ser útil para com­preen­são da variação da con­du­ta juve­nil, a uti­li­zação des­se ins­tru­men­to, com o obje­ti­vo de ava­liar os traços per­so­na­lís­ti­cos da bus­ca de novas expe­riên­cias e emoções inten­sas, não devem ser con­si­de­ra­das como o úni­co ins­tru­men­to que ava­liam os traços de per­so­na­li­da­de, outras esca­las exis­tem no Bra­sil, por exem­plo, as dimen­sões da bus­ca de sen­sação de Zuc­ker­man, os cin­co gran­des fato­res da per­so­na­li­da­de, a esca­la fato­rial de ajus­ta­men­to emocional/neuroticismo, entre outras (Aguiar, Omar e For­mi­ga, 2006; Hutz e Nunes, 2001; Tróc­co­li e Vas­con­ce­los, 2002; Pas­qua­li, Araú­jo e Tróc­co­li, 1999) são de gran­de valor para diag­nos­ti­car ques­tões refe­ren­tes ao tema pro­pos­to.

O inven­tá­rio de bus­ca de sen­sação pode ser con­si­de­ra­do como uma peça no que­bra cabeça dos estu­dos sobre traços da per­so­na­li­da­de, mas, toman­do como direção de estu­do sua a inclu­são des­se cons­tru­to na dinâ­mi­ca socia­li­za­do­ra do jovem. Essa con­dição per­mi­te pen­sar em futu­ros estu­dos: ava­liar a estru­tu­ra des­se inven­tá­rio, em outros con­tex­tos sociais e cul­tu­rais, ten­do em con­ta os aspec­tos mais espe­cí­fi­cos ou uni­ver­sais de cada cul­tu­ra na ava­liação des­sa esca­la.

Por um lado, é impor­tan­te con­si­de­rar as dimen­sões locais, espe­cí­fi­cas ou exclu­si­vas (emics) da orien­tação de cada cul­tu­ra, bem como, e não menos impor­tan­te, ava­liar as dimen­sões uni­ver­sais (etics) da Cul­tu­ra, com o obje­ti­vo de com­pa­rar os cons­tru­tos estu­da­dos aqui para outro espaço geo-polí­ti­co e social (Muen­john e Arms­trong, 2007; Trian­dis e cols., 1993; Trian­dis, 1995; Van De Vij­ver e Leung, 1997), a fim de conhe­cer os aspec­tos que podem ser comuns a todas as cul­tu­ras e aque­les que são espe­cí­fi­cos, con­tri­buin­do para con­so­li­dar um mar­co teó­ri­co dos traços de per­so­na­li­da­de da bus­ca de sen­sação.

Por fim, pode­ria ser útil ava­liar as res­pos­tas de jovens que vivem em bus­ca de diver­sões arris­ca­das (por exem­plo, com­pe­tições auto­mo­bi­lís­ti­cas, excur­sões de ris­co (sel­vas ou matas, praias, etc.), etc., bem como, com­pa­rar as res­pos­tas de jovens de dife­ren­tes con­tex­tos sócio-eco­nô­mi­cos e sis­te­ma fami­liar, outra estu­do que pode­ria con­tri­bui bas­tan­te para a acu­rá­cia des­se cons­tru­to e pers­pec­ti­va teó­ri­ca seria a ava­liação da con­ver­gên­cia entre os ins­tru­men­tos que ava­liam os traços per­so­na­li­da­de. De for­ma geral, espe­ra-se que os obje­ti­vos tenham sido alca­nça­dos, prin­ci­pal­men­te, no que diz res­pei­to à sua con­sis­tên­cia e vali­da­de estru­tu­ral do ins­tru­men­to ana­li­sa­do para o con­tex­to bra­si­lei­ro.

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Notas

1. Dou­tor em Psi­co­lo­gia Social pela Uni­ver­si­da­de Fede­ral da Para­íba. Atual­men­te é pro­fes­sor do cur­so de Psi­co­lo­gia na Facul­da­de Mau­ri­cio de Nas­sau – JP. Correio‑e: nsformiga@yahoo.com.

2. Gra­duan­do do cur­so de Psi­co­lo­gia – Uni­ver­si­da­de Fede­ral da Para­íba (UFPB). Correio‑e: jamilaleime@hotmail.com

3. Dou­tor em Psi­co­lo­gia. Pro­fes­sor Asso­cia­do do Depar­ta­men­to de Psi­co­lo­gia e do Mes­tra­do em psi­co­lo­gia, na Uni­ver­si­da­de Fede­ral Rural do Rio de Janei­ro. Correio‑e: maguiarsouza@uol.com.br