6. Verificação da estrutura fatorial de uma medida de traços de personalidade da busca de sensação em jovens Descargar este archivo (6. Verificação da estrutura fatorial de uma medida.pdf)

Nilton Soares Formiga1, Jamila Leime2, Marcos Aguiar De Souza3

Faculdade Mauricio De Nassau – Brasil

Universidade Federal Da Paraíba – Brasil

Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Brasil

Resumen

El estudio de la personalidad en la ciencia psicológica ha sido un interés desde su base científica. De los muchos puntos de vista sobre la personalidad, la teoría del rasgo ha sido un constructo prometedor para evaluar el comportamiento. Ellos (los rasgos) pueden ser considerados como una categoría capaz de describir la organización de las diferencias individuales, especialmente en relación con la búsqueda de nuevas experiencias y emociones entre los jóvenes. El presente estudio tiene como objetivo evaluar la estructura factorial del inventario de búsqueda de sensaciones. Dos muestras de hombres y mujeres, entre 14 y 20 años de niveles primario y secundario en la educación privada y pública de Brasil (João Pessoa-PB y Palmas-TO) respondieron el inventario de búsqueda de sensaciones. Se observó en ambas muestras, indicadores psicométricos, los cuales, más robustos, y que además de corroborar la estructura propuesta, aseguró la exactitud del inventario para muestras brasileñas.

Palabras clave: búsqueda de sensación, jóvenes, análisis confirmatoria.

 

Resumo

O estudo sobre a personalidade na ciência psicológica tem sido interesse desde as suas bases científicas. Das muitas perspectivas sobre a personalidade, a teoria dos traços ainda tem sido um construto promissor para a avaliação do comportamento. Eles podem ser considerados como uma categoria capaz de descrever a organização das diferenças individuais, especialmente, em relação à busca de novas experiências e emoções entre os jovens. O presente estudo tem como objetivo testar a estrutura fatorial do inventário de busca de sensação. Duas amostras de homens e mulheres, com idades de 14 e 20 anos, do nível escolar fundamental e médio da rede particular e pública de educação dos Estados de João Pessoa-PB e Palmas-TO, responderam o Inventário de Busca de sensação. Observaram-se, nas duas amostras, indicadores psicométricos, os quais, mais robustos e que, além de corroborar a estrutura proposta, garantiram a acurácia do inventário para amostras brasileiras.

Palavras-chave: busca de sensação, jovens, análise confirmatória.

 

Verification of the factorial structure of a measure of personality traits in sensation seeking young

Abstract

The study of personality in psychological science has been interest from its scientific basis. Of the many perspectives about personality, trait theory has yet been a promising construct to performance evaluation. They can be considered as a category capable of describing the organization of individual differences, especially in relation to the search for new experiences and emotions among the young. The present study aims to test the factor structure of the inventory of sensation seeking. Two samples of men and women, ages 14 to 20 years, in elementary and middle school level in private and public education from João Pessoa and Palmas-TO, responded to the inventory of sensation seeking. It was observed in both samples, psychometric indicators, which, more robust and that, in addition to corroborate the proposed structure, ensured the accuracy of inventory to Brazilian samples.

Keywords: sensation seeking, young; confirmatory analysis.

Introdução

Os estudos sobre personalidade têm se centrado, geralmente, sobre a dinâmica e a estrutura interna no indivíduo, bem como, sobre a capacidade que este construto possui quanto à predição do comportamento humano, especialmente, em relação às disposições e capacidades individuais do sujeito. Uma das grandes dificuldades nas pesquisas sobre a personalidade diz respeito à apreensão e ao estudo da individualidade humana, pois, se buscou por um longo tempo avaliar a pessoa como um todo em seu contexto, generalizando, tanto em teoria quanto em metodologia, duas grandes perspectivas: a concepção da influência ambiental no comportamento e a teoria dos traços (Ávila, Rodríguez e Herrero, 1997; Liebert e Spiegler, 1994; McAdams, 1996; Sarason, Smith e Diener, 1975; Trzop, 2000).

De forma geral, os traços de personalidade podem ser considerados como uma categoria capaz de descrever a organização comportamental dos indivíduos que, além de poder conter um realismo heurístico e ser organizado neuropsiquicamente, também, deve-se considerar a influência do fator ecológico, social e situacional como promotor da explicação do comportamento e as diferenças individuais das pessoas alicerçando uma psicologia neste campo de estudo (Allport, 1973; Brody, 1972; Cloninger, 1999; Endler e Magnusson, 1976).

Desta maneira, os traços podem surgir do senso comum, podendo ser um simples nome ou se apresentar apenas como hábitos ou um comportamento qualquer, etc. Apesar da contradição existente nessa abordagem, pois, sua estabilidade é considerada por alguns como fixa e imutável ao longo da vida, ou poderá sofrer uniformidade e predeterminar o curso do desenvolvimento a partir da idade, ou ainda, concebê-lo como resultante das inúmeras evoluções e influências ocorridas no indivíduo. Assim, os traços de personalidade são características individuais consistentes do comportamento exibido pelo indivíduo em diversas situações, normalmente, concebido como disposições.

Segundo Paunonen (1998), a perspectiva dos traços permite a construção de um modelo de personalidade, o qual, por sua vez, é organizado, hierarquicamente, partindo do nível mais baixo da hierarquia, atribuindo vários comportamentos específicos e definindo um padrão comum da resposta do indivíduo, capaz de apresentar um modelo característico de comportamento. Desta forma, as respostas habituais dos indivíduos passam a se combinar entre si formando os traços, estes, por sua vez, formam um fator ou dimensão da personalidade, tornando saliente a personalidade humana e as causas comportamentais a partir deles.

A tentativa de unir tais procedimentos avaliativos sobre personalidade, apesar das contradições existentes, pode-se extrair descrições das diferenças individuais tanto na dimensão nomotética e extrair uma maior riqueza para a ideográfica através da narrativa e codificação dos dados que esta dimensão oferece. O importante está no que diz respeito ao autoconceito do indivíduo, pois é a partir da conscientização das características ou perfil que este apresente que sua resposta será precisa e capaz de ser mensurado, o que segundo, poderá tornar o comportamento mais consciencioso e, de certo modo, capturar uma das características mais fiéis por parte dos observadores diretos, isto é, identificar o traço personalistico em determinado sujeito.

A teoria dos traços já havia sido trabalhada com Allport (1973), o qual considerava a natureza humana composta de estruturas capaz de apresentar relativa estabilidade, variando apenas na sua situação, assim, a personalidade era composta de inúmeros hábitos específicos, apresentando uma equivalência de respostas na organização e semelhanças funcionais na busca de seus componentes básicos. É então, a partir dessa concepção, que este autor elabora a teoria sobre os traços, apesar de ambígua, considerando que o ser humano faz comparações a partir da sua observação da sociedade, verificando as características mais comuns entre os sujeitos de uma determinada população.

De acordo com Hutz, Nunes, Silveira, Serra, Anton e Wieczorek (1998), além de Allport, também, Guilford, Comrey, Cattell e Eysenck contribuíram para a perspectiva dos traços, especialmente, as dos multitraços, bem como,Tupes e Crital. Estes últimos autores são considerados uns dos primeiros pesquisadores a abordarem a perspectiva dos traços e consecutivamente, dos cinco grandes fatores, porém tal estudo permaneceu desconhecido numa revista da força aérea. Tanto esses autores quanto a perspectiva dos traços, ganharam destaque nos estudos de Cattell e Eysenck, referindo-se, não somente, a estrutura psíquica que guia o indivíduo, consistentemente, à conduta individual, mas também, às explicações a respeito das diferenças entre as pessoas e suas respostas diante de um mesmo estímulo. Desta forma, passando a considerar não somente os traços como universais, mas também os idiossincráticos (Díaz, 1998).

A partir desses pesquisadores, especialmente Cattel e Eysenck, têm se evidenciado a existência, quanto à avaliação da personalidade, com os cinco grandes fatores. A avaliação, se através de auto-relato ou escalas validadas, poderá criar uma taxonomia básica capaz de descrever os traços da personalidade humana correspondendo a esse modelo que parecem assegurar o conhecimento de que as pessoas têm sobre si quanto estão respondendo o questionário e de que o uso de alguns traços faz parte do vocabulário das pessoas no seu cotidiano (Noller, Law e Comrey, 1987; Peabody, 1987).

Assim, o construto dos traços de personalidade, não diz respeito às questões patológicas, mas, à díade genética/meio ambiente, a qual implicaria em sentenças representativas dos traços, podendo ser definido como características individuais consistentes do comportamento exibido pelo indivíduo em diversas situações, normalmente, concebido como disposições (Costa e McCrae, 1992; John, Donahue e Kentle, 1991). Essa perspectiva individual, atribuída às dimensões personalísticas e a explicação do comportamento juvenil, pretende entender a relação entre personalidade e as variações de comportamentais, tomando como base, a busca de novas experiências e emoções entre os jovens (Mussen, Conger, Kagan e Huston, 1990).

A busca de novas experiências e emoções pode ter seu alicerce de compreensão, a partir da concepção de alguns profissionais e leigos, quanto ao comportamento do jovem seria algo que permearia uma necessidade de expansão do seu mundo psíquico e social, para o qual eles se colocam disponíveis e de prontidão aos convites pessoais ou sociais para viver suas descobertas interpessoais e de manifestação espontânea despreocupados do possível risco que poderiam correr. Sendo assim, concebe-se tal organização da conduta juvenil pode ser caracterizada como a busca de sensações (Arnett, 1994; Michel, Mouren-Siméoni, Perez-Diaz, Fallissard, Carton e Jouvent, 1999; Omar e Uribe, 1998; Zuckerman, 1971).

Este construto busca de sensações, considerado como um traço personalístico, teve seus estudos iniciados por Zuckerman (1971); Zuckerman, Eysenck e Eysenck (1978

) referindo-se à necessidade de viver experiências complexas e de novidades apenas pelo desejo de afrontar riscos físicos e sociais e satisfazer suas necessidades pessoais. Porém, Arnett (1994) a partir da perspectiva de Zuckerman, bem como, fazendo referência a alguns limites tanto na concepção do construto quanto em sua instrumentalização e seleção dos itens, propôs um modelo alternativo, defendendo que a busca de sensação varia em intensidade e novidade, não apenas em termos de complexidade das experiências como concebia Zuckerman. Esse traço de personalidade deve ser enfatizado sobre o processo de socialização o qual seria capaz de modificar predisposições biológicas ao invés dos fatores idiossincráticos (Omar e Uribe, 1998).

Partindo da perspectiva dos traços de personalidade, os quais, como já mencionado, referem-se à díade genética/meio ambiente implicaria no enfoque de que as características individuais consistentes do comportamento, exibido pelo indivíduo em diversas situações, normalmente, são concebidas como disposições (Costa e McCrae, 1992; John, Donahue e Kentle, 1991; Saudino e Plomin, 1996). A partir dessas disposições, seriam geradas taxonomias que permitam ao sujeito expressar através das condutas, formas específicas para si e para os outros quando em interação social (Formiga, Yepes e Alves, 2005), situação em que na maioria das vezes atende-se a desejabilidade social, procurando parecer melhor para os outros, descrevendo-se como gostaria que fosse descrito por quem o observa, justamente porque essa auto-imagem exigida se deve a uma co-dependência dos “papéis” sociais representados por cada um de nós (Queiroga, Formiga, Jesus, Gouveia e Andrade, 2001).

Historicamente, a personalidade tem sido explorada como um construto capaz de explicar as diferenças individuais, proporcionando um marco teórico importante nos estudos a respeito das idiossincrasias do indivíduo e a estabilidade da conduta humana (Ávila, Rodríguez e Herrero, 1997; Barbaranelli e Caprara, 1996), bem como, da possibilidade de que, a partir das características individuais, avaliadas cientificamente ou em termos das crenças populares, seja possível em situações e momentos variados predizer reações ou disposições futuras das pessoas (Gazzaniga e Heatherton, 2005; Paunonen, 1998; Peabody, 1987; Trzop, 2000). O conhecimento da personalidade, não somente poderia contribuir na organização das relações interpessoais, como também, apontar em direção de um fator de proteção dessas relações (McAdams, 1992), principalmente, aquelas tendenciosas ao risco social e individual.

Desta maneira, concebendo que o jovem tem uma necessidade latente em expandir seu mundo ideal e “real” através do comportamento de reivindicação e instrumentalidade, estando este, disposto a convites pessoais ou sociais para viver novas descobertas e senti-las intensamente, é que, Formiga, Aguiar e Omar (2008) partiram dessa perspectiva teórica, concebendo-a como busca de sensações. Diferente do que concebia por Zuckerman (1971); Zuckerman, Eysenck e Eysenck, (1978

), bem como, outros autores, especificamente, já destacados no parágrafo anterior em relação ao construto busca de sensação (por exemplo, uma necessidade de viver experiências complexas e de novidades, apenas pelo desejo de afrontar riscos físicos e sociais, com o intuito de satisfazer suas necessidades pessoais), a busca de sensação visa o grau com que os sujeitos empregam energia para sentir a ‘flor da pele’ uma experiência de novidade e intensidade.

No Brasil estudos relacionado a adaptação e validação da escala de Arnett (1994) ainda é excasso, condição essa, que motivou a realização de tal estudo. Desta forma, tomando como base o estudo de Arnett (1994) e, principalmente, o de Omar e Uribe (1998) com argentinos, optou-se em testar a estrutura fatorial da busca de sensação, seguindo não somente a direção teórica desenvolvida por esses autores, bem como, fatorialização verificada pelos mesmos. Desta forma, pretende-se, a partir de uma análise de modelagem de equação estrutural, testar a organização item-fator proposta pelos autores que desenvolveram tal escala.

Um estudo nessa direção empírica, a qual tem sido comum na área das ciências humanas e social - especificamente, na Psicologia (MacCallum e Austin, 2000; Pitali e Laros, 2007) – partindo dos pressupostos teóricos e metodológicos, contribui, a partir da análise e modelagem de equação estrutural no programa AMOS 16.0, em direção de uma comprovação teórica da hipótese a que se pretende avaliar garantindo uma robustez explicativa entre as variáveis, bem como, apontar em direção da dinâmica multivariada entre elas.

Especificamente, a técnica da análise da Modelagem de Equação Estrutural (MEE) tem a clara vantagem de levar em conta a teoria para definir os itens pertencentes a cada fator, bem como, apresentar indicadores de bondade de ajuste que permitam decidir objetivamente sobre a validade de construto da medida analisada e sua direção associativa entre as inúmeras variáveis. Desta forma, dois resultados principais podem ser esperados ao trabalhar com essa análise: 1- estimativa da magnitude dos efeitos estabelecida entre variáveis, as quais estão condicionadas ao fato de o modelo especificado (isto é, o diagrama) estar correto, e 2 - testar se o modelo é consistente com os dados observados, a partir dos indicadores estatísticos, podendo dizer que resultado, modelo e dados são plausíveis, embora não se possa afirmar que este é correto (Farias e Santos, 2000). Atende-se assim, não a certeza total do modelo, mas, a sua probabilidade sistemática na relação entre as variáveis.

Um dos principais objetivos das técnicas multivariadas – neste caso, considera-se a modelagem de equação estrutural - é expandir a habilidade exploratória do pesquisador e a eficiência estatística e teórica no momento em que se quer provar a hipótese levantada no estudo. Apesar das técnicas estatísticas tradicionais compartilharem de limitações, nas quais, é possível examinar somente uma relação entre as variáveis, é de suma importância para o pesquisador o fato de ter relações simultâneas; afinal, em alguns modelos existem variáveis que são independentes em algumas relações e, dependentes em outras. A fim de suprir esta necessidade, a Modelagem de Equação Estrutural examina uma série de relações de dependência simultâneas, esse método é particularmente útil quando uma variável dependente se torna independente em relações subseqüentes de dependência (Silva, 2006; Hair, Anderson, Tatham e Black, 2005)

De acordo com Farias e Santos (2000), Hair, Anderson, Tatham e Black (2005) e Zamora e Lemus (2008) ao considerar a modelagem estrutural do modelo – isto é, a análise de caminhos (path analysis) - relaciona-se as medidas de cada variável conceitual como confiáveis, acreditando que não existe erro de medida (mensuração) ou de especificação (operacionalização) das variáveis; cada medida é vista como exata manifestação da variável teórica. Assim considerado, desenha-se o modelo teórico que se pretende tomando a partir elaboração hipotética entre as variáveis independente e dependente, isto é, entre as variáveis latentes e variáveis observáveis, por exemplo: no desenho desse modelo – elaboração da ligação entre as figuras caracterizando as variáveis estudadas - um retângulo é considerado como variável observada medida pelo pesquisador; uma elipse é considerada variável latente, isto é, construto hipotético não observado; uma seta com uma ponta indica o caminho ou a relação causal entre duas variáveis; uma seta com duas pontas representa a covariância, isto é, que estas variáveis se associam entre si; por fim, uma bolinha preenchida com um número e letra referem-se a um erro de medida. A partir do momento em que se elabora a hipótese, identifica cada uma dessas figuras associando as variáveis que se quer provar a múltipla influência.

Para que os resultados sejam obtidos faz-se necessário considerar índices de ajuste (escores co-variantes) – os quais destacados na metodologia do presente estudo, na sessão do procedimento – os quais enfatizam a teoria a que se propõem e sua explicação, simultânea, entre as variáveis independentes e dependentes, além de garantir uma melhor avaliação associativa entre as variáveis a que se pretende corroborar no modelo. A grande importância no uso dos estudos de modelagem é tanto em relação à segurança dos resultados multivariados, quanto, partindo de um estudo anterior ou de uma perspectiva teórica - ou até, de ambas. Sendo assim, espera-se encontrar, de forma mais robusta, uma estrutural fatorial que se assemelhe a que propôs Arnett (1994) e à observada por Omar e Uribe (1998).

Método

Amostra

Duas amostras fizeram parte do estudo: uma com 235 jovens da cidade de João Pessoa-PB e outra amostra com 284 jovens da cidade de Palmas-TO, Todas as amostras foram distribuídas igualmente no nível escolar fundamental e médio da rede particular e pública de educação das cidades em que foram aplicados os instrumentos. Os respondentes foram do sexo masculino e do sexo feminino com idades de 14 e 20 anos e com uma renda econômica média, aproximadamente, de 1.540,00 Reais nas amostras das cidades. Essa amostra foi não probabilística, pois o propósito era garantir a validade interna dos resultados da pesquisa. 

Instrumento

Os participantes responderam um questionário composto das seguintes medidas:

Inventário de Busca de sensação. Este instrumento, construído por Arnett (1994; Omar e Uribe, 1998) trata-se de uma escala composta por vinte itens, os quais originam duas sub-escalas referentes à busca intensidade e novidade na estimulação dos sentidos, cada uma com dez itens cada uma. Para respondê-la a pessoa utilizava uma escala de resposta tipo Likert com quatro pontos (1 = não me descreve em nada; 2 = descreve-me em alguma medida; 3 = descreve-me bem e 4 = descreve-me totalmente) devendo indicar nela com um X ou circulando o número que indicasse o quanto cada um dos itens descreve sua conduta habitual. Omar e Uribe (1998) comprovaram a existência desses dois fatores em uma amostra argentina.

Caracterização sócio-demográfica. Foram elaboradas perguntas que contribuíram para caracterizar os participantes deste estudo (por exemplo, sexo, idade, classe sócio-econômica), bem como, realizar um controle estatístico de algum atributo que possa interferir diretamente nos seus resultados.

Procedimento

Procurou-se definir um procedimento padrão que consistia em aplicar os instrumentos coletivamente em sala de aula, em escolas da rede publica e particular das cidades de João pessoa - PB e de Palmas - TO. Colaboradores com experiência metodológica e ética ficaram responsáveis pela coleta dos dados. Após conseguir a autorização tanto da diretoria da escola quanto dos professores responsáveis pela disciplina no momento da aplicação do instrumento, os aplicadores se apresentavam em sala de aula como interessados em conhecer as opiniões e os comportamentos das pessoas sobre o cotidiano, solicitou-se a colaboração voluntária dos estudantes no sentido de responderem um questionário breve.

Para isso, foi-lhes dito que não havia resposta certa ou errada e que, mesmo necessitando de uma resposta individual, estes não deveriam sentir-se obrigados em responder o instrumento podendo desistir a qual momento, seja quanto tivesse o instrumento em suas mãos ou ao iniciar sua leitura, ou outra eventual condição. Em qualquer um desses eventos, não haveria problema de sua desistência, apenas bastava contatar as pessoas responsáveis pela aplicação do instrumento na sala de aula.

A todos era assegurado o anonimato das suas respostas, enfatizando que elas seriam tratadas, estatisticamente, em seu conjunto de respostas; apesar do questionário ser auto-aplicável, contando com as instruções necessárias para que possam ser respondidos, os colaboradores estiveram presentes durante toda a aplicação para retirar eventuais dúvidas ou realizar esclarecimentos que se fizessem indispensáveis, não interferindo na lógica e compreensão das respostas dos respondentes. Um tempo médio de 30 minutos foram suficientes para concluir essa atividade.

No que se refere à análise dos dados desta pesquisa, utilizou-se a versão 15.0 do pacote estatístico SPSS para Windows. Foram computadas estatísticas descritivas (tendência central e dispersão). No AMOS16.0, foram computados e avaliados os indicadores estatísticos para o Modelo de Equações Estruturais (SEM) considerado, segundo uma bondade de ajuste subjetiva, os seguintes indicadores: c2/gl (grau de liberdade), que admite como adequados, índices entre 2 e 3, aceitando-se até 5; Raiz Quadrada Média Residual - RMR, indica o ajustamento do modelo teórico aos dados, na medida em que a diferença entre os dois se aproxima de zero (0); índices de qualidade de ajuste, dados pelos GFI/AGFI, que medem a variabilidade explicada pelo modelo, e com índices aceitáveis a partir de 0,80; NFI, varia de zero a um e pode ser considerado aceitável para valores superiores a 0,90. Caracteriza-se por ser uma medida de comparação entre o modelo proposto e o modelo nulo, representando um ajuste incremental; CFI, que compara de forma geral o modelo estimado e o modelo nulo, considerando valores mais próximos de um (1) como indicadores de ajustamento satisfatório; Expected Cross-Validation Index (ECVI) e o Consistent Akaike Information Criterion (CAIC) são indicadores geralmente empregados para avaliar a adequação de um modelo determinado em relação a outro. Valores baixos do ECVI e CAIC expressam o modelo com melhor ajuste e o RMSEA refere-se ao erro médio aproximado da raiz quadrática, deve apresentar intervalo de confiança como ideal situado entre 0,05 e 0,08 (Bilich, Silva e Ramos, 2006; Hair, Tatham, Anderson e Black, 2005; Joreskög e Sörbom, 1989).

Resultados e discussao

Considerando a análise realizada por Omar e Uribe (1998), os quais, identificaram duas dimensões para o inventário da busca de sensação: a primeira dimensão, busca de sensação a novidade (refere-se à experiência do sujeito em procurar em coisas novas ou que assuma a originalidade dessa procurar como estimulo para os seus sentidos) apresentou um alfa de Cronbach de 0,66 e a segunda dimensão, busca de sensação a intensidade (refere-se a tensão, força ou grau elevado na experiência que o sujeito emprega como estimulo para os sentidos) obteve um alfa de 0,50 para a amostra argentina. Com base no estudo desses autores, procurou-se neste trabalho avaliar com maior rigor e critério psicométrico tal inventário em duas amostras de diferentes estados brasileiros (João Pessoa-PB e Palmas-TO).

Para isso, empregou-se o pacote estatístico AMOS 16.0 realizando uma análise fatorial confirmatória hipotetizando o modelo bifatorial encontrado por Omar e Uribe (1998) no contexto argentino e proposto por Arnett (1994) comparando a um modelo para a sua estrutura fatorial. Procurou-se testar uma estrutura fatorial do inventário da busca de sensação considerando os seguintes modelos: a) Modelo 1: unifatorial, em que todos os itens da busca de sensação apresentam saturação em um único fator e b) Modelo 2: neste optou-se em avaliar a estrutura com dois fatores, a qual é proposta teórica e empiricamente. Optou-se por deixar livre as covariâncias (phi, φ) entre os fatores; os indicadores de qualidade de ajuste de cada modelo se mostraram próximas as recomendações apresentadas na literatura (Byrne, 1989; Van De Vijver e Leung, 1997).

De acordo com os resultados obtidos nestas análises, observados na tabela 1, é possível destacar que o melhor modelo para o inventário da busca de sensação para a amostra da cidade de João Pessoa-PB, foi o modelo bifatorial, apresentando, especificamente, os seguintes indicadores de qualidade de ajuste: χ2/gl = 2.90; GFI = 00.97 AGFI = 0.95, RMR = 0,05, NFI = 0.99, CFI = 0.98, RMSEA (90% IC) = 0,01 (0,00-0,02), CAIC = 501,69 e ECVI = 1,09.

Tabela 1: Comparação entre os modelos teóricos da estrutura fatorial da escala das atividades de hábitos de lazer em jovens em diferentes Estados brasileiros.       

Modelos

X²/gl

RMR

GFI

AGFI

NFI

CFI

RMSEA

(intervalo)

CAIC

ECVI

Amostra 1 (Jovens de João Pessoa-PB)

Unifatorial

4,18

0,08

0,92

0,90

0,87

0,89

0,03

(0,00-0,04)

---

---

Bifatorial*

2,90

0,05

0,97

0,95

0.99

0.98

0,01

(0,00-0,02)

501,69

 

1,09

(1,05-1,22)

Amostra 2 (Jovens de Palmas-TO)

Unifatorial

3,91

0,06

0,91

0,87

0,84

0,87

0,06 (0,04-0,07)

---

---(1,28-1,52)

Bifatorial*

2,19

0,04

0,96

0,94

1,00

0.99

0,00

(0,00-0,02)

678,38

1,00

(1,00-1,10)

Notas: * p > 0,05

Como é possível observar na figura 1, relacionado a amostra de João Pessoa-PB, que todas as saturações (Lambdas, λ) estão dentro do intervalo esperado |0 - 1|, denotando não haver problemas de estimação. Além disso, todas são estatisticamente diferentes de zero (t > 1,96, p < 0,05), corroborando a existência dos dois fatores do inventario da busca de sensação.

Figura 1: Estrutura Fatorial do Inventário de Busca de Sensação para amostra de João Pessoa-PB.

Ainda na tabela 1, para a amostra da cidade de Palmas-TO, é possível observar, também, que o modelo bifatorial apresentou indicadores de qualidade de ajuste aceito pela literatura: χ2/gl = 2.19; GFI = 0.96, AGFI = 0.94, RMR = 0.04, NFI = 1,00, CFI = 0.99, RMSEA (90%IC) = 0,00 (0,00-0,02), CAIC = 678,38 e ECVI = 1,00. Na figura 2, todas as saturações (Lambdas, λ), também, estiveram dentro do intervalo esperado não havendo problemas de estimação, sendo todas estatisticamente diferentes de zero (t > 1,96, p < 0,05). Esse resultado corrobora, com essa amostra, que os dois fatores do inventário da busca de sensação se organizam de acordo com o esperado e que se assemelha a estrutura encontrada com a primeira amostra.

Figura 2. Estrutura Fatorial do Inventário de Busca de Sensação para amostra de Palmas-TO.

De acordo com os resultados obtidos nestas análises para as duas amostras pode-se destacar que a estrutural bifatorial do inventário da busca de sensação foi comprovada. Neste sentido, assume esse modelo como o mais adequado neste estudo, para representar o construto da busca de sensação assumido por cada jovem, o qual se refere aos traços personalísticos, inseridos no processo de socialização juvenil, como variações do comportamento de risco a partir da investida que o jovem dá a busca de novas experiências e emoções intensas.

Os diversos critérios empregados para definição do número do fator a ser extraído, por exemplo, χ2/gl, GFI, AGFI, RMR, NFI, CFI, RMSEA, CAIC e ECVI, reforçam a solução bifatorial para o que se esperava teoricamente. Estes indicadores foram satisfatórios estando em intervalos que têm sido considerados como aceitáveis na literatura vigente (Byrne,1989; Kelloway, 1998).

Ao considerar esse inventário e sua adequabilidade com amostras brasileiras aponta-se não somente para uma análise da funcionalidade dos traços de personalidade, mas, também, da estrutura desses traços como um sistema interdependente da díade individuo-grupo, não mais assumindo, pelo menos para esse inventário, uma espécie de inatismo personalístico, mas que, é possível refletir em direção de uma convergência entre situação, características individuais e o processo de socialização juvenil quanto ao estímulo do jovem para adesão a experiência à novidade e a intensidade da sensação em estar disponível para viver as situações e relações sociais de risco em seu entorno.

Considerando a evidência de validade fatorial e consistência interna da escala estudada, justifica-se seu emprego no contexto brasileiro para pesquisas acerca de variáveis antecedentes e conseqüentes da dinâmica psicossocial juvenil (por exemplo, lazer, delinqüência, dinâmica familiar, etc.). De forma geral, pretende-se, com tal inventário, ir além da explicação de que os jovens – neste caso, destacando os do presente estudo - ao procurarem eventos que os levem a sentir sensações de novidade e de intensidade, estes jovens não são estimulados ou realizados no vazio social, ou apenas, atribuir-lhes que essa situação se deve a uma condição de organização hormonal e de instinto humano em que eles buscam viver a vida se arriscando.

Ao destacar o construto busca de sensação, proposto por Arnett (1994) e Omar e Uribe (1998) destaca-se a construção de um inventário dos traços de personalidade -isto é, a busca de sensação- ocorrendo na dinâmica da socialização. Trata-se de uma convergência entre as características individuais e o processo socializador vivido por esses jovens e que estes poderão influenciar a conduta juvenil.

Assim, além desse inventário ser útil para compreensão da variação da conduta juvenil, a utilização desse instrumento, com o objetivo de avaliar os traços personalísticos da busca de novas experiências e emoções intensas, não devem ser consideradas como o único instrumento que avaliam os traços de personalidade, outras escalas existem no Brasil, por exemplo, as dimensões da busca de sensação de Zuckerman, os cinco grandes fatores da personalidade, a escala fatorial de ajustamento emocional/neuroticismo, entre outras (Aguiar, Omar e Formiga, 2006; Hutz e Nunes, 2001; Tróccoli e Vasconcelos, 2002; Pasquali, Araújo e Tróccoli, 1999) são de grande valor para diagnosticar questões referentes ao tema proposto.

O inventário de busca de sensação pode ser considerado como uma peça no quebra cabeça dos estudos sobre traços da personalidade, mas, tomando como direção de estudo sua a inclusão desse construto na dinâmica socializadora do jovem. Essa condição permite pensar em futuros estudos: avaliar a estrutura desse inventário, em outros contextos sociais e culturais, tendo em conta os aspectos mais específicos ou universais de cada cultura na avaliação dessa escala.

Por um lado, é importante considerar as dimensões locais, específicas ou exclusivas (emics) da orientação de cada cultura, bem como, e não menos importante, avaliar as dimensões universais (etics) da Cultura, com o objetivo de comparar os construtos estudados aqui para outro espaço geo-político e social (Muenjohn e Armstrong, 2007; Triandis e cols., 1993; Triandis, 1995; Van De Vijver e Leung, 1997), a fim de conhecer os aspectos que podem ser comuns a todas as culturas e aqueles que são específicos, contribuindo para consolidar um marco teórico dos traços de personalidade da busca de sensação.

Por fim, poderia ser útil avaliar as respostas de jovens que vivem em busca de diversões arriscadas (por exemplo, competições automobilísticas, excursões de risco (selvas ou matas, praias, etc.), etc., bem como, comparar as respostas de jovens de diferentes contextos sócio-econômicos e sistema familiar, outra estudo que poderia contribui bastante para a acurácia desse construto e perspectiva teórica seria a avaliação da convergência entre os instrumentos que avaliam os traços personalidade. De forma geral, espera-se que os objetivos tenham sido alcançados, principalmente, no que diz respeito à sua consistência e validade estrutural do instrumento analisado para o contexto brasileiro.

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Notas

1. Doutor em Psicologia Social pela Universidade Federal da Paraíba. Atualmente é professor do curso de Psicologia na Faculdade Mauricio de Nassau – JP. Correio-e: nsformiga@yahoo.com.

2. Graduando do curso de Psicologia – Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Correio-e: jamilaleime@hotmail.com

3. Doutor em Psicologia. Professor Associado do Departamento de Psicologia e do Mestrado em psicologia, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Correio-e: maguiarsouza@uol.com.br